Já sonhou em pedalar por paisagens intocadas, acampar sob um céu repleto de estrelas e acordar diante de vistas de tirar o fôlego? Então o bikepacking pode ser a sua próxima grande aventura!
Esqueça as rodovias cheias e os hotéis abafados. O bikepacking é sobre abraçar o selvagem, explorar trilhas remotas e se conectar com a natureza em um nível mais profundo.
Imagine a cena: você está pedalando por uma trilha sinuosa, cercado por árvores imponentes e o aroma fresco de pinho. Enfrenta subidas desafiadoras, desce por trechos empolgantes e descobre lugares escondidos que só podem ser alcançados de bicicleta. Quando o sol se põe, monta o acampamento sob um manto de estrelas, prepara uma refeição simples e adormece ao som da natureza.
Isso é bikepacking.
É sobre liberdade, autossuficiência e ir além dos próprios limites. É trocar o trânsito das cidades por trilhas tranquilas, o barulho urbano pela harmonia natural. O bikepacking não é apenas um esporte — é um estado de espírito. É uma forma de se reconectar consigo mesmo, testar seus limites e vivenciar a beleza bruta da natureza.
Então, está pronto para atender ao chamado do selvagem? Sua aventura espera por você!
O que é bikepacking
De forma simples, é a interseção entre o mountain bike e o camping leve.
Trata-se de carregar apenas o essencial na bicicleta — equipamento de camping minimalista, alguns lanches e muita vontade de aventura — e pegar a estrada (ou melhor, as trilhas) por um fim de semana ou uma expedição de várias semanas.
Estamos falando de percursos off-road, de trilhas estreitas a estradas remotas, que podem variar de uma escapada rápida a jornadas épicas de meses.
“O bikepacking é uma atitude de apreciação das paisagens, a chance de interagir com estranhos, uma autossuficiência ponderada, uma quietude de espírito, uma fuga de ambientes hiperconstruídos em favor das árvores e montanhas”, escreve Joel Cruz, em sua bela história ilustrada do esporte.
“É um contraste consciente com o cicloturismo em estradas pavimentadas ou as corridas de massa. O bikepacking tem uma estética lúcida e valores autênticos — e ‘terra’ é uma metáfora para esses valores.”
As origens do bikepacking
Embora a palavra bikepacking só tenha surgido na década de 1970, o espírito por trás dela é tão antigo quanto a própria bicicleta.
Pense assim: no momento em que alguém subiu em duas rodas e percebeu que podia sair pelo mundo, o conceito de bikepacking nasceu.
Na essência, a história do bikepacking é a história do ciclismo. Imagine os primeiros aventureiros pedalando em bicicletas pesadas, carregadas de equipamentos, prontos para explorar o desconhecido.
Um dos primeiros foi Thomas Stevens, um inglês ousado que vivia nos Estados Unidos e, em 1886, decidiu dar a volta ao mundo de bicicleta, partindo de São Francisco — um verdadeiro pioneiro do bikepacking.
Algumas décadas depois, mais ciclistas começaram a sair das estradas, não apenas para um passeio, mas para vivências imersivas. Eles não estavam apenas pedalando — estavam vivendo experiências.
O termo bikepacking foi provavelmente cunhado por Dan Burden, em um artigo da National Geographic de 1973, no qual ele relatou uma expedição de bicicleta do Alasca à Argentina com outros 30 ciclistas, percorrendo incríveis 5.000 km sobre duas rodas.
Com o passar do tempo, as estradas foram asfaltadas, os carros dominaram e os ciclistas tiveram de se reinventar. As viagens de longa distância em bicicletas perderam parte de seu espaço — mas o desejo de explorar o desconhecido nunca desapareceu.
Mesmo antes de o termo existir, os bikepackers já estavam lá fora, buscando caminhos mais tranquilos, selvagens e cheios de aventura.
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A liberdade do bikepacking
“Na minha primeira viagem, fui de Oxford a Amsterdã com uma bicicleta que custou £50, um ukulele, equipamentos de camping básicos emprestados e zero treinamento,” lembra Saoirse Pottie, bikepacker da Irlanda do Norte. “Antes disso, a maior distância que eu havia pedalado eram 5 km.”
Descrevendo-se como “uma campeã do diga sim agora, descubra depois,” a mentalidade de Saoirse reflete a filosofia de muitos bikepackers: aceitar o chamado da aventura e aprender no caminho. “Não pense demais,” ela aconselha. “Às vezes, você precisa se lançar para ver o que há do outro lado.”
Desde essa primeira aventura, Saoirse acumulou experiências significativas de bikepacking: seis semanas pedalando pela Irlanda, mais de três meses atravessando dez países africanos, e neste inverno, Chile e Argentina, estando atualmente na Colômbia. O que a inspira a continuar? “Eu realmente gosto de me conectar com as pessoas, ouvir suas histórias e aprender sobre lugares, culturas e comunidades,” comenta Saoirse. “O bikepacking te força a viajar devagar, a se conectar com a paisagem, a parar em pequenas cidades que você normalmente não visitaria. Isso proporciona uma visão única de cada lugar.”
É interessante observar como sua abordagem evoluiu ao longo do tempo. “Normalmente, no bikepacking, eu pedalo de 5 a 6 horas por dia. Às vezes, sinto vontade de me desafiar e me esforçar mais. Mas, cada vez mais, estou descobrindo alegria em ir devagar,” observa Saoirse, “e, se possível, adicionar dias de flexibilidade, onde posso parar para aproveitar um lugar ou fazer uma trilha pelo caminho.”
It's interesting to see how her approach to traveling this way has evolved over time. "Mostly, when bikepacking, I average 5/6 hours of cycling a day. Sometimes, I feel like challenging and pushing myself. But increasingly, I'm finding more joy in taking it slow," Saoirse observes, "and if possible, adding days for flexibility where I can stop if I want to and enjoy a place or hike along the way."
Olhando para o Instagram dela, você poderia pensar que o bikepacking sempre foi algo que Saoirse estava destinada a fazer. Isso nos leva à pergunta: ela se encontrou através dessas aventuras?
“Eu acho que a pessoa que sou sempre esteve aqui, então não tenho certeza se me ‘encontrei’ de fato,” comenta Saoirse. “Mas definitivamente encontrei uma comunidade (através do bikepacking), que me ajudou a desenvolver minhas habilidades e confiança, além de me inspirar a encarar aventuras maiores.”
"Take only what you think you absolutely need. And then only pack half of that."
O que levar
Sentindo-se inspirado? Antes de tentar equilibrar tudo o que você possui no quadro da sua bicicleta, vamos falar sobre como fazer a mala de forma inteligente. Lembre-se da regra de ouro, vinda diretamente da lenda do bikepacking Lael Wilcox: “Leve apenas o que você acha absolutamente necessário. E depois leve apenas metade disso.”
Não se trata apenas de economizar espaço; trata-se de abraçar o espírito minimalista do bikepacking. É sobre liberdade, agilidade e aproveitar cada quilômetro. Faz sentido: uma bike mais leve significa subidas mais fáceis, manuseio mais ágil, menos desgaste no equipamento e uma viagem muito mais divertida do que cansativa. Para cada item, pergunte-se: “Eu conseguiria me virar sem isso?” Se a resposta for mesmo que talvez, deixe para trás.
Há muitos conselhos sobre o que você deve ou não levar, mas o bikepacking é realmente sobre fazer do seu jeito. “Fazer a mala é um equilíbrio entre conforto e peso,” diz Saoirse. “O item de luxo de uma pessoa pode ser essencial para outra. Não acredito que exista uma maneira perfeita de fazer isso. É único para cada indivíduo e acho que isso é o que torna tão legal.” Com isso em mente, aqui estão algumas coisas a considerar ao preparar sua primeira viagem.
Roupas
Pense em camadas. Leve peças versáteis que possam ser combinadas dependendo do clima. Uma jaqueta leve à prova de chuva é essencial, mesmo que a previsão esteja clara. Chuva inesperada acontece, e manter-se seco é crucial para o moral e a segurança.
Camping
Para dormir, opte por opções leves e compactas. Um bivy sack ou uma barraca leve, combinados com saco de dormir e isolante, devem ser suficientes. Considere o clima onde você estará pedalando ao escolher seu equipamento de sono.
Alimentos
Priorize opções leves e com alta densidade calórica. Pense em refeições desidratadas, barras de energia, castanhas e frutas secas. Planeje suas refeições com cuidado para evitar carregar comida em excesso. Lembre-se: cada grama conta.
Segurança
Não se esqueça do essencial para manutenção da bike e primeiros socorros. Um kit pequeno de reparos com ferramentas e peças de reposição pode salvar sua viagem. Um kit básico de primeiros socorros também é crucial para lidar com pequenos acidentes.

Equipamento
Por fim, a navegação é essencial. Seja com um GPS, mapa e bússola, ou uma combinação dos dois, certifique-se de ter um método confiável para se manter no caminho.
Viajar leve é uma habilidade que exige prática. Não tenha medo de experimentar e ajustar seu equipamento ao longo do tempo. Quanto mais você praticar bikepacking, melhor ficará em identificar o que realmente precisa levar e o que pode deixar para trás.
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Planejando uma rota
Uma rota bem planejada pode fazer a diferença entre uma aventura épica e um verdadeiro sofrimento. Mas não se preocupe – não é tão assustador quanto parece. Aqui estão nove pontos importantes para considerar:
Primeiro passo: para onde você quer ir? Sonhe grande! Você se imagina conquistando montanhas, pedalando por florestas densas ou explorando desertos vastos? Depois de ter uma ideia geral, é hora de entrar nos detalhes.
Considere seu nível de experiência. Você é um bikepacker experiente ou está apenas começando? Escolha uma rota compatível com suas habilidades e condicionamento físico. Não se aventure demais nas primeiras viagens. Comece com percursos mais curtos e menos desafiadores e, aos poucos, evolua para aventuras mais longas e técnicas.
Mergulhe nos mapas. Mapas topográficos são essenciais para planejar rotas de bikepacking. Eles fornecem informações sobre ganho de altitude, tipo de terreno e fontes de água. Ferramentas online como Komoot, Strava e Ride with GPS também são valiosas, permitindo explorar rotas existentes ou criar suas próprias.
Baixe seus mapas no relógio Polar. Torne sua experiência de bikepacking ainda mais prática baixando mapas do Polar Flow e transferindo-os para seu relógio Polar, assim você pode consultá-los offline, em qualquer lugar.
Não dependa apenas das ferramentas digitais. Mapas de papel à moda antiga podem ser salvadores, especialmente em áreas com sinal fraco. Além disso, há algo muito satisfatório em abrir um mapa e traçar o caminho com o dedo.
Pense no tipo de pedal que você gosta. Prefere estradas de cascalho suaves, singletracks desafiadores ou uma mistura dos dois? Sua rota deve refletir suas preferências. Lembre-se: o objetivo é se divertir.
Considere a logística. Há pontos de reabastecimento ao longo da rota? E fontes de água? Planeje sua alimentação e hidratação de acordo. Também pense em campings ou outras opções de hospedagem se estiver planejando uma viagem de vários dias.
Peça conselhos a outros bikepackers. Fóruns online, lojas de bicicleta locais e clubes de ciclismo são ótimos recursos para recomendações de rotas e dicas insiders.
Seja flexível! Mesmo os melhores planos podem mudar. Esteja preparado para ajustar sua rota em caso de clima adverso, trilhas fechadas ou desafios inesperados. Abrace o inesperado e aproveite a jornada!
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O chamado da estrada aberta
Incentivo aos leitores para experimentar o bikepacking, seja em uma viagem de fim de semana ou em uma jornada transcontinental.
Embora o termo "bikepacking" seja relativamente recente, o espírito por trás dele – o desejo de aventura, a conexão com a natureza, a mentalidade autossuficiente – vem ardendo desde o primeiro giro de pedal. É um legado de exploração, um testemunho do fascínio duradouro do selvagem e um lembrete de que, às vezes, as melhores aventuras estão fora do caminho conhecido.